Pessoal, o blog está ótimo! Parabéns a todos!
Tony
sábado, 30 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
George Orwell e o Newspeak
Estava organizando a minha sessão de livros de cabeceira e acabei tendo um insight para mais um post:
O romance distópico "1984", de George Orwell, conta a história do amor proibido entre Winston e Júlia, tendo como pano de fundo uma fictícia Inglaterra socialista vivendo um regime totalitário controlado pela figura mítica do "Big Brother". Mais do que todo cunho político apresentado brilhantemente por Orwell, o autor também nos apresenta o Newspeak, uma espécie de versão simplificada da língua inglesa. No Newspeak sinônimos e antônimos são excluídos com o intuito de evitar maiores reflexões e questionamentos sobre o regime do Ingsoc (English Socialism), prática considerada criminosa (Thoughtcrime em Newspeak). A ideia do autor por trás do Newspeak é mostrar como uma língua pode ser utilizada e manipulada para fins políticos e de dominação e opressão. No fim do livro, Orwell nos presenteia com um apêndice inteiro sobre o Newspeak.
Seguem algumas curiosidades sobre a língua imaginada por Orwell:
- O sufixo -ful para a formação de qualquer adjetivo.
- Regularização dos verbos no passado, terminando todos em -ed.
- O sufixo -wise para formação de qualquer advérbio.
Oldspeak = língua inglesa antes da instauração do Newspeak
Thoughtpolice = polícia que "vigia" os pensamentos das pessoas.
Thoughtcrime = pensamentos contra o regime.
Leandro Capella
O romance distópico "1984", de George Orwell, conta a história do amor proibido entre Winston e Júlia, tendo como pano de fundo uma fictícia Inglaterra socialista vivendo um regime totalitário controlado pela figura mítica do "Big Brother". Mais do que todo cunho político apresentado brilhantemente por Orwell, o autor também nos apresenta o Newspeak, uma espécie de versão simplificada da língua inglesa. No Newspeak sinônimos e antônimos são excluídos com o intuito de evitar maiores reflexões e questionamentos sobre o regime do Ingsoc (English Socialism), prática considerada criminosa (Thoughtcrime em Newspeak). A ideia do autor por trás do Newspeak é mostrar como uma língua pode ser utilizada e manipulada para fins políticos e de dominação e opressão. No fim do livro, Orwell nos presenteia com um apêndice inteiro sobre o Newspeak.
Seguem algumas curiosidades sobre a língua imaginada por Orwell:
- O sufixo -ful para a formação de qualquer adjetivo.
- Regularização dos verbos no passado, terminando todos em -ed.
- O sufixo -wise para formação de qualquer advérbio.
Oldspeak = língua inglesa antes da instauração do Newspeak
Thoughtpolice = polícia que "vigia" os pensamentos das pessoas.
Thoughtcrime = pensamentos contra o regime.
Leandro Capella
sexta-feira, 22 de março de 2013
Falar X Observar - Falando de pesquisa...
Falar X Observar - Falando de pesquisa...
Ao saborear algumas dessas leituras sobre tudo e tanto que é esse nosso
World Englishes, me vi também “motivada” a contribuir com minhas observações
sobre o assunto e, quem sabe, compartilhar um pouco da minha vivência por aí,
por esse mundão que existe de englisheeeeessss...
Algumas discussões relacionadas à produção oral em sala de aula de língua
inglês explicam fenômenos que exercem influência na produção oral, tais como
afeto, interação, características de atividades orais, dentre outras variáveis
em relação a aspectos cognitivos da produção oral.
Nesse sentido, observo que existe um vasto número de pesquisa sobre
produção oral no ensino de inglês como língua estrangeira ao redor do
mundo, assim como estudos sobre aspectos cognitivos e de aquisição da produção
oral. Acredito que todos esses movimentos têm revelado aspectos que faz do
ensino de inglês mais eficaz e motivador. No entanto, a maioria dessas pesquisas
toma por base uma metodologia, às vezes, puramente qualitativa, outras puramente
quantitativas.
O que creio ser de grande ganho para toda a comunidade científica seria
a produção de mais pesquisas com propostas “qualiquantitativas” de pesquisa.
Pesquisas na quais pudéssemos conciliar o apurado olhar do pesquisador
qualitativo à riqueza de detalhes ganhos com os dados que se retira dos números.
Estudos de cunho “qualiquantitativo” não apenas teria o objetivo
verificar a produção linguística do aluno em si, como sua percepção do que é
produzido, associada ao registro do que foi, de fato, produzido. Uma ferramenta
computacional pode, por exemplo, fazer uma busca por marcas linguísticas mais
recorrentes que vão, justamente, caracterizar esses traços linguísticos de
percepções dos alunos.
O foco da pesquisa deve ser o de conciliar o máximo dos recursos que
dispomos de verificação e não apenas de nos restringirmos a uma forma única de
observação.
Por fim, acredito que o nosso mini curso é uma excelente oportunidade
para desenvolvermos esse tipo de olhar, quando podemos juntar tantos modos de
pensar e pensar sobre tantos modos de falar e observar esse fazer.
Obrigada pela oportunidade de compartilhar,
Juliana Barreto
quarta-feira, 20 de março de 2013
World Englishes e o
Mercado de Ensino do Idioma Inglês
O objetivo deste texto não é
apresentar uma visão ou resumo do que sejam as variedades do inglês e sua
importância. Objetivo já cumprido de forma excepcional pelos colegas que
escreveram anteriormente. Ao invés disto proponho iniciar uma discussão sobre a
possibilidade de uma inclusão que seja comercialmente viável de variedades
linguísticas no processo de ensino aprendizagem.
Com mais de 13 mil franquias de
escolas de idiomas e algumas dezenas de unidades de escolas consideradas como
de primeira linha, o mercado de ensino de inglês movimenta mais de 5 bilhões de
reais por ano.
O problema é que para minimizar
os custos e aumentar o lucro, muitos franqueadores usam a receita de criar ‘métodos’
que podem ser facilmente replicados em sala de aula, vender livros e trabalhar
com o maior número possível de alunos em sala de aula.
Este mercado tão amplo e rentável
na prática, salvo alguns casos de empresas sérias e comprometidas com sua
missão educacional, gera resultados que são, no mínimo, duvidosos.
Resultados de testes realizados
com mais de 12 mil profissionais que trabalham em multinacionais indicam que o
Brasil está na lista dos países que pior fala inglês no mundo. Os testes foram
realizados em 76 países e a média mundial foi 4,15 enquanto a média brasileira
foi de 2,95.
Como podemos tomar para nós a
cruzada de apresentar variedades linguísticas para um público alvo que não consegue
atingir padrões mínimos de qualidade em compreensão e produção(muitas vezes até
em L1)? O desafio fica ainda maior quando sabemos que muitos professores, não
possuem o domínio da língua e muitas vezes nem passam por treinamento antes de
entrarem em sala de aula.
Para lidar com a falta de
conhecimento linguístico e técnico do corpo docente, e, para aparentar uma
padronização da qualidade no ensino, muitas escolas possuem aulas 100% prontas
para facilitar o trabalho dos ‘entregadores’ de conteúdos. Fato que dificulta a
inserção de variedades linguísticas no processo.
Acho difícil, portanto, que o
ensino e conscientização da existência de variedades linguísticas acontecerá no
segmento de franquias de uma maneira ampla, principalmente porque muitos desses
sistemas de ensino querem a padronização do ensino. Acredito que isto seja
possível, no entanto, através de iniciativas individuais, ou até corporativas,
no caso de empresas sérias e de qualidade.
O triste, sem ironias neste
momento, é que a grande maioria dos nossos compatriotas somente terão acesso
aos cursos dessas empresas massificadoras de ensino. Nada pessoal, afinal
business is business.
O que vocês acham? Há uma luz no
fim do túnel?
Gostaria de deixar registrado que
foi um prazer imenso compartilhar ideias com vocês durante o curso e prometo
que aos poucos postarei comentários em todos os posts aqui.
Abraços,
Alexandre Trigo Veiga
Fontes:
World Englishes - World Possibilities
World English é uma fase na história da língua inglesa que
vivenciou a expansão língua materna (falantes nativos) para segunda língua e
língua estrangeira (falantes não nativos). O linguísta Braj Kachru categoriza este
uso expandido da língua em círculos que objetivam representar as variações do
inglês de acordo com o tipo de expansão da língua, com os padrões de aquisição
e com as funções da língua nos diversos contextos sociais em que circula. Para
tanto, temos o Inner Circle, classificado
pelo uso da língua por falantes nativos do inglês; Outer Circle, classificado pelo uso por falantes de inglês como
segunda língua; Expanded Circle,
falantes de inglês como língua estrangeira.
No ano de 2012, a empresa English First (EF) fez uma pesquisa
sobre o nível de proficiência da língua inglesa em diversos países do mundo.
Através desta pesquisa, fica fácil evidenciar que o nível de proficiência da
língua está diretamente relacionado ao papel que esta exerce na sociedade. Os
países que utilizam o inglês como segunda língua (outer circle) tendem a ter maior nível de proficiência da língua.
Temos como exemplo Singapura que está colocada na 12ª posição do ranking
mundial de nível de proficiência na língua, sendo classificada como um dos países
que possui alto nível de proficiência no mundo; e a Índia que ocupa a 14ª posição,
com classificação de nível de proficiência moderada.
Em contrapartida, temos uma
descendente no nível de proficiência quando analisamos os dados de países que
utilizam o inglês como língua estrangeira (outer
circle). Neste caso, temos a Coréia do Sul e o Japão ocupando as 21ª e 22ª
posições no ranking de nível de proficiência, sendo classificados como países
que também possuem um nível de proficiência moderada. Por fim, temos o Brasil
ocupando a 46ª posição do ranking, sendo classificado como um dos países que
possui um dos mais baixos níveis de proficiência do mundo e da América Latina.
Se considerarmos que Brasil,
Japão e Coréia são países que ensinam o inglês como língua estrangeira, afim de
que esta seja utilizada como a língua que pode possibilitar a ligação de uma
nação com o mundo, a pergunta que nos resta fazer é: por quê o resultado do Japão
e da Coréia difere tanto do resultado do Brasil? A resposta para esta pergunta
é muito complexa, pois há um grande número de variáveis que envolvem a análise
de dados educacionais de um país. Todavia é possível fazer algumas inferências
com base nos dados apresentados por Kirpatrick (2010).
Com base nas discussões de Takeshita
(2010) sobre o ensino do Inglês no Japão e na Coréia, é possível observar que política
educacional estabelecida por estes países possui uma forte ênfase em relação ao
ensino da língua inglesa. O forte desejo pela internacionalização impulsiona o
ensino da língua independentemente de seu uso em contextos específicos. Japão e
Coréia contam com uma política maciça de ensino de ensino e uso da língua, pois
aumentar o nível de proficiência de seus falantes é uma meta estabelecida pelo
Governo como uma medida de crescimento sócio-econômico-cultural do país.
No caso do Brasil, nossos
resultados em relação ao nível de proficiência demonstram que temos um longo
caminho para ampliação das nossas relações internacionais, para a oferta de
melhores salários, para a promoção de inovação e de trabalhos de pesquisa. Ainda
nos falta a cultura para o ensino do inglês como parte da essência que
impulsionará o desenvolvimento do nosso país. Ainda estamos muito presos a
concepções da necessidade do inglês em detrimento de determinados contextos. Estamos
fortemente vinculados a uma cultura de que o ensino básico e o superior não têm
condições de ensinar inglês no currículo. Para Takeshita (referência), a busca
por um melhor inglês prevê sacrifícios culturais, financeiros e pessoais.
Apesar das barreiras que o Brasil
tem enfrentado em relação ao ensino do inglês como língua estrangeira, é
importante ressaltar que o país está investindo no ensino da língua através de
diversos programas federais e estaduais de educação. Um dos exemplos é a
iniciativa do Governo Federal, responsável pelos programas Inglês e Ciência sem
Fronteiras, outro exemplo é a iniciativa do Governo Estadual, responsável pelo
programa de Intercâmbio Cultural do Centro Paula Souza. Iniciativas como estas
motivam a aprendizagem da língua inglesa fora do Brasil, mas ainda precisamos
de mais esforços para que a língua seja ensinada de forma efetiva no currículo
da educação básica e do ensino superior.
Em relação ao ensino superior,
mais especificamente, no ensino superior tecnológico oferecido nas Faculdades
de Tecnologia no Estado de São Paulo (FATEC), uma autarquia do Governo do
Estado, um projeto pioneiro tem trazido resultados satisfatórios. Até o ano de
2008, o ensino da língua nas FATEC tinha como principal objetivo o desenvolvimento
da habilidade de leitura. A disciplina língua inglesa era oferecida no
currículo, com uma carga-horária total máxima 80 horas, subdividida em dois
semestres com 40 horas cada.
A partir de 2008, o cenário muda
por completo: empresas nacionais o e multinacionais reúnem-se com as FATEC para
discutir a possibilidade de um ensino de inglês diferenciado, um ensino que
possa contribuir com a efetiva inserção do dos nossos alunos no mercado de
trabalho. O ponto central da discussão
foi o denominado “apagão da mão de obra”, pois o Brasil além de não conseguir
formar anualmente o número de profissionais necessários às demandas do mercado
de trabalho, os que são formados não conseguem utilizar a língua em suas
interações cotidianas.
A fim de atender a tal
necessidade, o currículo dos cursos de tecnologia das FATEC é reestruturado e a
língua inglesa passa a ser oferecida nos seis semestres de curso, totalizando
240 horas de estudos com foco na comunicação e nível de proficiência final A2+-B1
(CEF). Os resultados das primeiras turmas de projeto já foram analisados e
trazem dados muito positivos e significativos para o ensino de inglês neste
contexto. Após três anos de curso é possível evidenciar que 60% dos alunos
atingem o nível B1 (CEF), pois trata-se de alunos que entram no curso com nível
de conhecimento false beginner e 40% de real
beginner que atingem o nível A2 (CEF).
Portanto, independentemente das
variações linguísticas e variáveis de contexto, uma política educacional massiva
e com objetivos bem delineados pode contribuir com o ensino efetivo da língua
nas escolas de educação básica e ensino superior, quebrando mitos e barreiras
em relação ao ensino da língua nestes contextos.
Simone Telles Martins Ramos
terça-feira, 19 de março de 2013
Reflecting on Language Learning and Identity
A língua é um dos principais meios de expressão e ação do ser humano no mundo, além de refletir e expressar muito de quem somos, do que sentimos e pensamos. Assim, possuímos um vasto registro em nossa mente de nosso berço cultural, valores, crenças e memórias de experiências vividas atrelados à nossa língua nativa. A partir do momento em que aprendemos uma nova língua, novas possibilidades bem como um “novo mundo” nos abre as portas. Passamos a integrar uma nova comunidade, a fazer novas descobertas e a desenvolver nossas habilidades a partir da utilização de uma outra língua, o que possibilita a descoberta do nosso próprio eu e contribui para a construção da nossa identidade. A nova língua passa a ser um valioso instrumento de comunicação e o foco de seu uso está no conteúdo expressado através dela, não apenas em sua estrutura gramatical. Utilizando- nos dessa poderosa ferramenta, temos o livre- arbítrio de construirmos a identidade que desejarmos e a reconstruirmos se assim quisermos.
Partindo do príncipio que discurso, falantes e relações sociais são inseparáveis, observa- se que, ao se comunicarem com falantes nativos, os alunos não trocam apenas informações, mas também estão constantemente organizando e reorganizando um senso de quem são e como se posicionam e interagem com o mundo social. Penso que aprender uma língua estrangeira está diretamente relacionado a se assumir uma nova identidade uma vez que uma nova cultura se apresenta, colocando o aprendiz em questionamento de seus próprios costumes e oferecendo possibilidades de mudanças que antes não eram consideradas possíveis ou necessárias.
Uma das estudiosas que aborda a temática identitária em suas discussões a indicar é Bonny Norton (1997), que trata das relações de poder entre falantes "nativos" e "não- nativos", da natureza não- unitária e múltipla do sujeito e das mudanças da subjetividade através do tempo. E questões a respeito de divergências culturais são ressaltadas por David Block (2007), que aponta a importância de expor os alunos ao contexto real no qual a língua estrangeira se insere através de filmes, músicas e literatura, a fim de familiarizar os alunos e evitar desentendimentos.
Por fim, acredito que o investimento numa língua estrangeira é também um investimento do aprendiz em sua própria identidade, que se transforma através do tempo e do espaço e se constrói na medida em que se faz necessário, pois estamos, assim como o mundo que nos cerca, em constante processo de evolução.
Daniela Aires
REFERÊNCIAS:
BLOCK, D. 2007. Second Language Identities. Continum. Cap. 05, p. 112-119.
NORTON, B. 1997. Language, Identity and the Ownership of English. University of British Columbia. TESOL Quarterly. Vol.31.3: 409-428.
domingo, 17 de março de 2013
Aviation English
As this is what I work with, I decided to give
you a small glimpse into the world of English communication in Civil
Aviation.
English is the official language of
international aviation communication. In 2004, in response to a series of
incidents and accidents in which miscommunication had been a contributing
factor, the International Civil Aviation Organization (ICAO) established a set
of stricter language proficiency requirements for pilots and air traffic
controllers, including a rating scale and guidelines for a language proficiency
exam to attest the level of English of these professionals. By 2008, the exam
became an official requirement and pilots and air traffic controllers operating
international routes had to obtain a certificate to attest their proficiency in
Aviation English. ICAO doesn’t provide a standard exam; instead, every
country’s civil aviation authority is responsible for attesting the language
proficiency of their pilots and air traffic controllers, either by creating
their own exam, as it has been done in Brazil, or by accrediting an exam from a
language institute or authority.
In addition to establishing language proficiency
requirements, ICAO also determined that phraseology, a set of guidelines
containing a restricted vocabulary for routine instruction and request
exchanges between pilots and controllers, should always be used; the exception
being the use of “plain English” for abnormal or emergency situations. (For
more information, see ICAO Doc 9835)
Despite all these requirements and guidelines,
miscommunication still happens, many times leading to incidents or accidents. Among
the reasons for that are: the misuse of phraseology during routine communication;
a preference for using plain English during routine communication; and the lack
of English language proficiency. There are many examples of instances,
incidents and accidents where language played a major role, including the
world’s worst civil aviation disaster: the crash of two Boeing 747 in Tenerife
resulting in the death of 583 people after miscommunications between controller
and pilots. Now, let’s take a look at some more recent examples of that.
The following is a communication between a
Chinese pilot (Air China flight 981) and an air traffic controller at JFK
airport in New York. The flight had landed and was receiving instructions to
taxi. This happened in 2006.
The first indication that the pilot doesn’t
understand a lot of English is when he mistakes “Mike Alpha” for “November” in
the exchange:
ATCO: “Air China 981, make the right turn here
at Juliette, join Alpha, hold short of Mike Alpha.”
Pilot: “Right on Juliette, hold sh… taxi Alpha
hold November, now can we…ahh… can we taxi now?”
The controller repeats the instructions and
once again the pilot doesn’t understand it. After that, the controller asks,
“Air China 981, have they cleared you into the ramp?” The pilot misunderstands
and assumes they have authorization to enter the ramp area. This is clear when
he answers, “Roger, ramp to the… ramp, Air China 981.” What follows is an
exchange full of misunderstandings. Most people would put the blame for the
miscommunication solely on the pilot. However, both pilot and controller are to
blame in this case. On one hand, there is the lack of English knowledge by the
pilot. He does not understand that the controller is asking him whether he
received authorization to enter the ramp, a designated area where aircraft can
park, refuel, and load/unload passengers, and taxi to the gate (at JFK, one
tower is responsible for giving taxiing instructions and another is in charge
of authorizing entrance to the ramp and assigning gates). On the other hand,
there is lack of awareness and understanding of the pilot’s limitations by the
air traffic controller. Aware of the pilot’s limited English knowledge, he
could have simplified his speech to make it easier for the pilot to understand,
as ICAO recommends the use of simple structures (See ICAO Doc 9835).
A recent incident showcased the level of English
of Brazilian pilots. A TAM flight had a gear malfunction while landing at JFK
airport in New York in September, 2012. The pilots twice aborted the landing,
finally landing safely on the third try.
This communication shows two different aspects
of Aviation English: (1) standard phraseology used for navigational
instructions and (2) plain English used to explain a malfunction. This is an
example of when standard phraseology is not enough and the pilots have to rely
on their knowledge of plain English and Aviation vocabulary to explain what
their problem is to the controller. During the exchanges where standard
phraseology was used, as in heading and landing instructions, the pilots didn’t
have problems communicating with the controller. However, when talking about
the problem with the aircraft, the controller had a hard time understanding
what the pilot was saying, several times asking her to repeat the information
and repeating information when realizing the pilots hadn’t understood the
message. In the beginning of the communication the pilot declares an emergency
(PAN PAN PAN) and says they have a malfunction. There are a number of
procedures to follow when a pilot declares an emergency. In this case, the
controller didn’t realize the pilot officially declared an emergency because of
her pronunciation. Later on, another controller verifies if they are declaring
an emergency and the pilot then states “negative emergency”. As you can see,
the pilots hesitate a lot and have a hard time explaining what is happening to
the controller. The pilot confuses the words “nose gear” and “landing gear” and
doesn’t immediately understand the controller is saying the nose gear is in the
wrong position. In this case, differentiating nose and landing gear is
important because nose gear is the “front wheel” of the aircraft and landing
gear can be interpreted as the “back wheels” of the aircraft. Furthermore, after
going around, both pilots struggle to explain to the controller what was
happening and what procedures needed to be performed. The controller is aware
of their limitations and helps them. After doing the procedures to check and
correct the malfunction, the pilots were finally able to land safely on runway
31L.
I hope this has given you a better
understanding of international aviation communication.
To know what a day at JFK sounds like, watch: JFK
ATC Bad Day at the Office (the first plane is TAM 8081) at https://www.youtube.com/watch?v=eyO-bWGxWBU.
Carol Zuppardo
Questões do World Englishes
World Englishes pode ser definido como diversas formas de inglês, dotadas de características linguísticas idiossincráticas, usadas em todos os continentes em diferentes contextos sócio-culturais. O tema World Englishes, discutido por Kachru, Schneider e outros autores, é permeado por inúmeras questões. Dentre elas, se destacam o status das variações gramaticais faladas atualmente, considerações divergentes sobre o que é “standard” e “nonstandard” e suas implicações pedagógicas decorrentes. Tais implicações, que não são citadas aqui de maneira extensiva, formam uma longa lista, da qual fazem parte, por exemplo, questionamentos sobre a legitimidade da expertise do professor não nativo e a falácia de que o professor nativo é o ideal. Também estende esse rol a escolha de uma forma da língua em detrimento de outra. Qual é o melhor inglês? Qual inglês ensinar? O americano ou o da Inglaterra? Há uma supervalorização desses dois exemplares, com suas variações internas particulares, que faz com que eles sejam vistos como único par legítimo. Atrelada a essa supervalorização vem a questão de “ownership” da língua inglesa. Ela exclui outras formas de inglês e dá autenticidade à (alguma) forma padrão de países do chamado Inner Circle, como Estados Unidos e Inglaterra, conforme foi proposto por Kachru. A “posse” da língua, ou o que pode ser visto como monopólio, é amplamente discutida também por autores como Ha Jin, Schneider, Crystal e Medgyes. Para concluir, o último ponto que gostaria de citar é “nativeness”. Ele perpassa as questões mencionadas aqui e é visto com relevância no contexto de ensino de inglês como segunda língua (ESL). Entre as muitas definições de falante nativo, cujos critérios tentam estabelecer sua credibilidade, está esta proposta por Claire Kramsch em 1997. A autora define o falante nativo como alguém que é aceito como tal pelo grupo que criou a distinção entre nativo e não nativo, independente de local de nascimento. No entanto, me pergunto: será que algum grupo tem autoridade para legitimar “nativeness”?
Para mais informações sobre “native/nonnative”, acesse http://hdl.handle.net/10450/2685.
Etelvo Ramos Filho
Para mais informações sobre “native/nonnative”, acesse http://hdl.handle.net/10450/2685.
Etelvo Ramos Filho
quinta-feira, 14 de março de 2013
English Language in the World
São Paulo, 14 de Março de 2013
Nesse texto, o autor David Crystal apresenta e discute o papel do inglês e seu desenvolvimento no mundo ao longo do tempo. É um trabalho de 2003. Muito interessante!
O papel do inglês na área social e profissional
Crystal (2003) contextualiza o idioma historicamente da seguinte maneira:
• Círculo Interno – Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia.
• Círculo externo – Índia, Singapura, Hong Kong.
• Círculo em Expansão – China, Japão, Rússia, Brasil e uma série de outros países onde o idioma é amplamente utilizado para comunicação com o exterior, seja para intercâmbio social ou cultural, seja para trocas comerciais.
O inglês tem status de língua oficial – status definido por lei, na Índia e no Canadá.
Segundo o autor, o poder político e militar pode às vezes, fazer de uma língua, uma forma de comunicação mundial.
No século 18, O inglês começa a ganhar presença como língua universal para aquele momento e para o futuro. Com o desenvolvimento da colônia americana e da expansão inglesa (o mercantilismo/colonialismo), essa expectativa começa a se tornar uma realidade ao longo dos séculos seguintes.
A revolução industrial e o consequente desenvolvimento posterior da ciência na Inglaterra ajudam a incorporar termos tecnológicos e científicos ao léxico inglês. E mais, atraiu cientistas e eruditos de outras partes do mundo a aprender o inglês e utilizá-lo em seu trabalho, processo que internacionalizou a língua dando a ela status diferenciado.
No século seguinte, com o crescimento industrial da América, o idioma passa a ser o veículo mais importante de comunicação de obras científicas em todo o mundo. O desenvolvimento industrial e científico leva principalmente essas duas nações a desenvolver grande poderio econômico e capacidade de investimento em diferentes áreas, levando o idioma mais uma vez a se constituir no veículo das transações comerciais e de negócios. Londres e Nova York se tornam os centros financeiros do mundo.
O pós guerra marca a presença do inglês como língua de comunicação em função dessa ser a língua de países vitoriosos no confronto mundial. Após esse período, o idioma se consolida definitivamente como língua global a partir do prestígio adquirido nas áreas científico-tecnológica e econômica no final do século 19. Nesse momento da história, o idioma alcança status fabuloso como veículo de comunicação das relações internacionais. Tratado de Versailles (1920), a ONU e diversos órgãos ligados a ela. Todas adotam o inglês como língua de comunicação.
As organizações ligadas à ciência cada vez mais utilizam o inglês para publicações e contatos internacionais. Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, percebemos a língua inglesa com posição de vanguarda. Publicações de jornais e revistas no idioma superam qualquer outra língua utilizada nesses segmentos. Pelo mundo, veem-se protestos (ou acontecimentos de grande repercussão mundial) registrados em inglês pelo prestígio que ele detém.
Na área da propaganda, também percebemos uma forte presença da língua, pelo fato de ingleses e principalmente americanos utilizarem cada vez mais espaços dedicados à publicidade. (A propaganda colocada em veículos de comunicação barateava os produtos). Com o tempo, o inglês também adquiriu espaço internacional nessa área. Os principais órgãos internacionais de propaganda têm como língua oficial o inglês. Os meios de comunicação (rádio e TV) que aparecem no século 20, também fazem grande contribuição para a presença do idioma em diferentes segmentos da sociedade.
A BBC desempenha grande papel nesse sentido com produção fabulosa de programas mundialmente assistidos e veiculados em inglês obviamente. Nos EUA., o cinema se constitui num dos principais meios de comunicação, em especial da cultura, dos valores e dos produtos americanos. (American Way of Life) e a língua é o canal de comunicação. Houve uma expansão maravilhosa na área cinematográfica a partir dos anos 40 e 50, o que contribui para que o idioma ganhasse ainda mais exposição e importância no cenário mundial.
Na música popular, o inglês também ganha destaque com a invenção do gramofone e criação das primeiras gravadoras nos EE.UU. e Inglaterra. Outro fator que impulsiona e divulga a língua é o surgimento no cenário mundial de grandes nomes da música nesses dois países. Outros cantores famosos também passam a gravar em inglês em vez de gravarem em sua própria língua.
Na área educacional percebemos um grande crescimento de obras científicas publicadas (anos 80) em diferentes partes do mundo, com destaque para os EUA Especificamente no ensino superior, vemos a língua ser adotada como meio de instrução em países europeus e outros a partir dos anos 60. Com isso, cresce o número de instituições que se dedicam ao ensino do inglês, o que o leva a manter presença expressiva no cenário da educação.
A importância da língua para a rede mundial (internet) começa com a criação da Arpanet, uma rede que tem como função ligar instituições acadêmicas e governamentais americanas preservando informações essenciais em caso de confronto de maiores proporções. Outro fator favorável ao idioma é que o mesmo é utilizado para armazenagem de informações. 80% de dados estatísticos no mundo estão armazenados em inglês.
Os protocolos desenvolvidos para transmitir informações via internet foram desenvolvidos para o alfabeto inglês, usando uma sequência de caracteres chamada Latin 1. Por outro lado, diferentes línguas ganharam espaço na rede nos últimos anos, assim o inglês, apesar de sua presença hegemônica, apresenta-se mais como uma grande alternativa de comunicação entre outras, e não como uma ameaça. Talvez tenhamos uma língua franca global pulverizada juntamente com línguas locais.
Um fenômeno de ordem linguística destacado pelo autor é a importação de palavras das línguas locais para o inglês. Isso não ocorre de forma isolada, fora do contexto. Essas palavras são normalmente utilizadas porque estão relacionadas a noções e conceitos muito específicos da cultura em questão. Usos locais fazem desse “inglês” uma língua realmente mesclada. As nações que conseguirem preservar e valorizar a presença dos pidgins, serão bem sucedidas na medida em que esta forma de expressão vem ganhando espaço, enquanto fazem uso da norma oficial da língua inglesa. O ideal é permitir espaço ao inglês não condenando o inglês local, “miscigenado.”
Poderá haver uma tendência ao surgimento de uma língua inglesa realmente universal/global, uma língua franca, uma língua comum para o mundo. O inglês britânico, americano, australiano, etc...seriam como dialetos locais bem como o inglês falado nos outros países enquanto o USSE,World Standard Spoken English, seria uma língua internacional, de todos.
Achei o texto bastante informativo.
Postado por José Roberto Lourenço
quinta-feira, 7 de março de 2013
Australian slangs
Olá pessoal,
Eu resolvi fazer uma breve pesquisa sobre slangs do Inglês australiano. Escolhi este tema pq morei na Australia qdo adolescente e lembro que gostava de aprender gírias. Na verdade, eu me esforçava bastante para aprender gírias (coisas da idade).
Guardo um caderno da escola onde eu costumava anotar palavras que ia aprendendo e claro, gírias. Mas, como isso foi há 25 anos atrás, achei que minhas gírias estão um pouco out of date e resolvi pedir a alguns amigos e pessoas com quem eu morei lá para me enviarem slangs que eles utilizam.
Para minha surpresa o pessoal se empolgou e me enviou muitas palavras que coloco na lista abaixo além de algumas que eu selecionei do meu caderninho. Uma das minhas "irmãs", que hoje é professora de literatura e Inglês em uma escola, sugeriu estes 3 videos sobre slangs no Inglês australiano.
Hope you enjoy it.
Adriana Rossini
Eu resolvi fazer uma breve pesquisa sobre slangs do Inglês australiano. Escolhi este tema pq morei na Australia qdo adolescente e lembro que gostava de aprender gírias. Na verdade, eu me esforçava bastante para aprender gírias (coisas da idade).
Guardo um caderno da escola onde eu costumava anotar palavras que ia aprendendo e claro, gírias. Mas, como isso foi há 25 anos atrás, achei que minhas gírias estão um pouco out of date e resolvi pedir a alguns amigos e pessoas com quem eu morei lá para me enviarem slangs que eles utilizam.
Para minha surpresa o pessoal se empolgou e me enviou muitas palavras que coloco na lista abaixo além de algumas que eu selecionei do meu caderninho. Uma das minhas "irmãs", que hoje é professora de literatura e Inglês em uma escola, sugeriu estes 3 videos sobre slangs no Inglês australiano.
Hope you enjoy it.
Adriana Rossini
Bloody
oath! - that's
the truth!
Vegemite: A dark brown, gooey, salty vegetable yeast extract. It's what makes Aussies strong! (esta foi um dos meus “pais” que enviou pois sabe que eu odiava Vegemite)
Vegemite: A dark brown, gooey, salty vegetable yeast extract. It's what makes Aussies strong! (esta foi um dos meus “pais” que enviou pois sabe que eu odiava Vegemite)
Mate –
buddy, friend
No
worries! – no problem, forget about it!
Lollies
– sweets, candy
Icy pole
– popsicle, lollypop
Bathers
– swimming costume
Quid –
earn a living
Bloke: Man, guy.
Footy/
aerial pingpong – Australian rules football
G’day –
hello!
Lemon squash: Lemonade
Barbie –
barbeque (BBQ)
Jumper: Sweater
Pom, pommy: an Englishman
Sheila: a woman
London to a brick:
absolute certainty ("it's London to a brick that taxes won't go
down")
Loo: toilet
Youse: you
Outback:
interior of Australia
Oz: Australia!
Veg out: relax in front of the TV (like a vegetable)
soft drink
- Soda
Grouse - excellent; great; wonderful.
Videos:
http://www.youtube.com/watch?v=7Nq-lUHznmU
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